Mielopatia Cervical: Entenda a compressão da medula espinhal e sua importância no diagnóstico precoce
- Luciano Frascetto
- 15 de out.
- 4 min de leitura

A mielopatia cervical é uma condição neurológica séria que ocorre quando há compressão da medula espinhal na região do pescoço. Essa compressão afeta diretamente a comunicação entre o cérebro e o corpo, comprometendo movimentos, reflexos e sensibilidade.
As causas mais comuns incluem hérnias de disco cervicais, desgaste das vértebras (artrose), traumas ou estreitamento do canal vertebral — uma alteração estrutural que reduz o espaço por onde passa a medula espinhal.
Com o tempo, essa pressão constante pode causar danos permanentes aos nervos e, se não tratada, resultar em dificuldades motoras, perda de equilíbrio e alterações funcionais graves. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento com um neurocirurgião especializado são fundamentais para preservar a função neurológica e garantir qualidade de vida ao paciente.
O que causa a mielopatia cervical?
A mielopatia cervical pode surgir de forma lenta e progressiva, resultado do desgaste natural das estruturas da coluna, mas também pode ser consequência de traumas ou condições degenerativas. Entre as causas mais comuns estão:
Hérnias de disco cervicais: quando o disco intervertebral se desloca e pressiona a medula espinhal;
Artrose (espondilose cervical): desgaste das vértebras e ligamentos que estreitam o canal vertebral;
Estenose espinhal: diminuição do espaço por onde passa a medula espinhal;
Traumas: fraturas, quedas ou acidentes que resultam em compressão direta da medula;
Tumores ou anomalias congênitas: condições mais raras, mas que também podem causar compressão.
Independentemente da causa, o resultado é o mesmo: a pressão sobre a medula espinhal compromete a passagem dos impulsos nervosos, afetando tanto os membros superiores quanto os inferiores.
Sintomas que indicam alerta
Os sintomas da mielopatia cervical podem variar conforme o grau de compressão e o tempo de evolução, mas geralmente se manifestam de forma progressiva. É importante reconhecer os sinais precoces:
Fraqueza ou perda de coordenação nas mãos e pernas
Dormência ou formigamento nos braços e pernas
Dificuldade para andar ou manter o equilíbrio
Rigidez e dor no pescoço
Alterações urinárias, nos casos mais avançados
Esses sintomas surgem porque a compressão interfere na condução dos sinais elétricos entre o cérebro e o corpo. Pequenas dificuldades no movimento das mãos, tropeços frequentes ou perda de precisão podem ser os primeiros indícios da doença.
Se não tratada, a mielopatia pode progredir e causar danos neurológicos irreversíveis, levando à perda de mobilidade e até à necessidade de auxílio para atividades simples do dia a dia.
Diagnóstico: o papel essencial do neurocirurgião
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas permanentes. O neurocirurgião realiza uma avaliação clínica detalhada, observando força, reflexos e coordenação, além de solicitar exames de imagem como ressonância magnética, tomografia computadorizada e radiografias da coluna cervical.
Esses exames permitem identificar o ponto exato de compressão, sua causa e o grau de comprometimento da medula. Com essas informações, o neurocirurgião define o melhor plano de tratamento, seja ele clínico, fisioterápico ou cirúrgico.
Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de recuperação neurológica e de evitar limitações mais graves.
Tratamentos disponíveis para a mielopatia cervical
O tratamento da mielopatia cervical depende da causa, gravidade dos sintomas e evolução do quadro. O objetivo é aliviar a compressão sobre a medula e preservar suas funções.
Tratamento clínico
Indicado para casos leves e em estágios iniciais, o tratamento clínico pode incluir:
Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir dor e inflamação;
Relaxantes musculares, quando há espasmos associados;
Monitoramento contínuo com exames regulares para avaliar a evolução.
Fisioterapia
A fisioterapia é uma aliada importante no tratamento. Por meio de exercícios de fortalecimento cervical, alongamento e treino de equilíbrio e postura, é possível melhorar a estabilidade e reduzir o impacto da compressão.
Uso de colar cervical
Em alguns casos específicos, o colar cervical pode ser utilizado temporariamente para limitar movimentos e evitar a progressão da lesão. No entanto, seu uso deve ser sempre orientado pelo neurocirurgião, pois o uso prolongado pode causar fraqueza muscular.
Tratamento cirúrgico
Quando há compressão significativa da medula espinhal ou quando o tratamento clínico não apresenta resultados satisfatórios, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia tem como objetivo remover a pressão sobre a medula, podendo envolver a retirada de parte do disco, osso ou ligamento que está causando a compressão.
O neurocirurgião avalia cada caso individualmente para determinar a técnica mais adequada, priorizando segurança, eficácia e preservação da função neurológica.
Recuperação e acompanhamento após o tratamento
Após o tratamento, seja clínico ou cirúrgico, o acompanhamento é essencial. O paciente deve realizar exames periódicos, seguir as recomendações médicas e manter hábitos saudáveis, como postura correta e fortalecimento muscular.
Nos casos cirúrgicos, a recuperação pode variar conforme a extensão da compressão e o tempo de evolução dos sintomas antes da intervenção. A reabilitação com fisioterapia é um passo importante para restabelecer a força, a mobilidade e o equilíbrio.
Cuidar da coluna é preservar a qualidade de vida
A mielopatia cervical é uma condição que exige atenção e acompanhamento médico especializado. Apesar de muitas vezes se desenvolver de forma silenciosa, ela pode causar danos neurológicos irreversíveis se não for tratada a tempo.
O diagnóstico precoce é o maior aliado na recuperação. Ao sentir sintomas como formigamento, fraqueza, dor no pescoço ou dificuldade de coordenação, procure imediatamente um neurocirurgião.
O Dr. Vitor C. Machado, especialista em neurocirurgia, atua no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com mielopatia cervical, oferecendo cuidado individualizado e técnicas avançadas para garantir a melhor recuperação neurológica possível.
Cuidar da saúde da coluna é cuidar da sua autonomia e bem-estar. Não ignore os sinais do seu corpo — sua medula espinhal é o elo vital entre o cérebro e o movimento.
📩 Contato com o Dr. Vitor Cesar Machado
Neurocirurgião especializado em Crânio e Coluna
Atendimento em Goiânia, Ceres e Anápolis
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