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Mielopatia Cervical: Entenda a compressão da medula espinhal e sua importância no diagnóstico precoce

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A mielopatia cervical é uma condição neurológica séria que ocorre quando há compressão da medula espinhal na região do pescoço. Essa compressão afeta diretamente a comunicação entre o cérebro e o corpo, comprometendo movimentos, reflexos e sensibilidade.


As causas mais comuns incluem hérnias de disco cervicais, desgaste das vértebras (artrose), traumas ou estreitamento do canal vertebral — uma alteração estrutural que reduz o espaço por onde passa a medula espinhal.


Com o tempo, essa pressão constante pode causar danos permanentes aos nervos e, se não tratada, resultar em dificuldades motoras, perda de equilíbrio e alterações funcionais graves. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento com um neurocirurgião especializado são fundamentais para preservar a função neurológica e garantir qualidade de vida ao paciente.


O que causa a mielopatia cervical?


A mielopatia cervical pode surgir de forma lenta e progressiva, resultado do desgaste natural das estruturas da coluna, mas também pode ser consequência de traumas ou condições degenerativas. Entre as causas mais comuns estão:

  • Hérnias de disco cervicais: quando o disco intervertebral se desloca e pressiona a medula espinhal;

  • Artrose (espondilose cervical): desgaste das vértebras e ligamentos que estreitam o canal vertebral;

  • Estenose espinhal: diminuição do espaço por onde passa a medula espinhal;

  • Traumas: fraturas, quedas ou acidentes que resultam em compressão direta da medula;

  • Tumores ou anomalias congênitas: condições mais raras, mas que também podem causar compressão.


Independentemente da causa, o resultado é o mesmo: a pressão sobre a medula espinhal compromete a passagem dos impulsos nervosos, afetando tanto os membros superiores quanto os inferiores.


Sintomas que indicam alerta


Os sintomas da mielopatia cervical podem variar conforme o grau de compressão e o tempo de evolução, mas geralmente se manifestam de forma progressiva. É importante reconhecer os sinais precoces:

  1. Fraqueza ou perda de coordenação nas mãos e pernas

  2. Dormência ou formigamento nos braços e pernas

  3. Dificuldade para andar ou manter o equilíbrio

  4. Rigidez e dor no pescoço

  5. Alterações urinárias, nos casos mais avançados


Esses sintomas surgem porque a compressão interfere na condução dos sinais elétricos entre o cérebro e o corpo. Pequenas dificuldades no movimento das mãos, tropeços frequentes ou perda de precisão podem ser os primeiros indícios da doença.

Se não tratada, a mielopatia pode progredir e causar danos neurológicos irreversíveis, levando à perda de mobilidade e até à necessidade de auxílio para atividades simples do dia a dia.


Diagnóstico: o papel essencial do neurocirurgião


O diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas permanentes.  O neurocirurgião realiza uma avaliação clínica detalhada, observando força, reflexos e coordenação, além de solicitar exames de imagem como ressonância magnética, tomografia computadorizada e radiografias da coluna cervical.

Esses exames permitem identificar o ponto exato de compressão, sua causa e o grau de comprometimento da medula. Com essas informações, o neurocirurgião define o melhor plano de tratamento, seja ele clínico, fisioterápico ou cirúrgico.

Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de recuperação neurológica e de evitar limitações mais graves.


Tratamentos disponíveis para a mielopatia cervical


O tratamento da mielopatia cervical depende da causa, gravidade dos sintomas e evolução do quadro. O objetivo é aliviar a compressão sobre a medula e preservar suas funções.


  1. Tratamento clínico

Indicado para casos leves e em estágios iniciais, o tratamento clínico pode incluir:

  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir dor e inflamação;

  • Relaxantes musculares, quando há espasmos associados;

  • Monitoramento contínuo com exames regulares para avaliar a evolução.


  1. Fisioterapia

A fisioterapia é uma aliada importante no tratamento. Por meio de exercícios de fortalecimento cervical, alongamento e treino de equilíbrio e postura, é possível melhorar a estabilidade e reduzir o impacto da compressão.


  1. Uso de colar cervical

Em alguns casos específicos, o colar cervical pode ser utilizado temporariamente para limitar movimentos e evitar a progressão da lesão. No entanto, seu uso deve ser sempre orientado pelo neurocirurgião, pois o uso prolongado pode causar fraqueza muscular.


  1. Tratamento cirúrgico

Quando há compressão significativa da medula espinhal ou quando o tratamento clínico não apresenta resultados satisfatórios, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia tem como objetivo remover a pressão sobre a medula, podendo envolver a retirada de parte do disco, osso ou ligamento que está causando a compressão.


O neurocirurgião avalia cada caso individualmente para determinar a técnica mais adequada, priorizando segurança, eficácia e preservação da função neurológica.


Recuperação e acompanhamento após o tratamento


Após o tratamento, seja clínico ou cirúrgico, o acompanhamento é essencial.  O paciente deve realizar exames periódicos, seguir as recomendações médicas e manter hábitos saudáveis, como postura correta e fortalecimento muscular.


Nos casos cirúrgicos, a recuperação pode variar conforme a extensão da compressão e o tempo de evolução dos sintomas antes da intervenção. A reabilitação com fisioterapia é um passo importante para restabelecer a força, a mobilidade e o equilíbrio.


Cuidar da coluna é preservar a qualidade de vida


A mielopatia cervical é uma condição que exige atenção e acompanhamento médico especializado. Apesar de muitas vezes se desenvolver de forma silenciosa, ela pode causar danos neurológicos irreversíveis se não for tratada a tempo.


O diagnóstico precoce é o maior aliado na recuperação. Ao sentir sintomas como formigamento, fraqueza, dor no pescoço ou dificuldade de coordenação, procure imediatamente um neurocirurgião.


O Dr. Vitor C. Machado, especialista em neurocirurgia, atua no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com mielopatia cervical, oferecendo cuidado individualizado e técnicas avançadas para garantir a melhor recuperação neurológica possível.

Cuidar da saúde da coluna é cuidar da sua autonomia e bem-estar. Não ignore os sinais do seu corpo — sua medula espinhal é o elo vital entre o cérebro e o movimento.


📩 Contato com o Dr. Vitor Cesar Machado


Neurocirurgião especializado em Crânio e Coluna

Atendimento em Goiânia, Ceres e Anápolis


📱(62) 9 9806 6738


 
 
 

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