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Lesão Medular: exige cuidado especializado

A lesão medular é uma condição grave que provoca transformações profundas na vida do paciente e de seus familiares, exigindo adaptações físicas, emocionais e sociais. Ocorre quando há um dano na medula espinhal — uma estrutura fundamental do sistema nervoso central, localizada dentro da coluna vertebral — que atua como via principal de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.


Essa interrupção nos sinais neurais pode gerar comprometimentos importantes, como a perda de força muscular, alterações na sensibilidade tátil e térmica, além da disfunção de funções automáticas do organismo, como o controle da bexiga e do intestino. A gravidade dos sintomas depende da localização e da extensão da lesão, podendo levar à paralisia parcial (paresia) ou total (paralisia), em diferentes níveis do corpo.


Diante desse cenário complexo, o tratamento da lesão medular vai muito além da intervenção cirúrgica: requer um cuidado altamente especializado e contínuo, com a atuação integrada de uma equipe multidisciplinar. Esse processo deve ser liderado por um neurocirurgião experiente, capaz de avaliar as particularidades de cada caso, propor estratégias terapêuticas adequadas e coordenar o acompanhamento clínico e reabilitacional com foco na qualidade de vida do paciente.


O que pode causar uma lesão medular?


Existem diversas causas para as lesões medulares. As mais frequentes estão relacionadas a traumas físicos, como:

  • Acidentes de carro ou moto;

  • Quedas de altura;

  • Mergulhos em locais rasos;

  • Atropelamentos ou lesões esportivas.


No entanto, nem toda lesão medular é traumática. Algumas doenças também podem comprometer a integridade da medula, como:

  • Tumores na coluna ou medula;

  • Infecções (como abscessos ou mielites);

  • Doenças degenerativas ou autoimunes.


O impacto da lesão vai depender do nível da medula atingida e da extensão do dano — parcial ou total.


Quais os principais sintomas?


Os sinais de alerta para uma possível lesão medular não devem ser ignorados, especialmente após um trauma. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Fraqueza muscular ou paralisia nos membros;

  • Perda de sensibilidade ou sensação de dormência;

  • Formigamento persistente ou queimação;

  • Dificuldade de andar ou manter o equilíbrio;

  • Dor intensa na coluna ou no pescoço;

  • Dificuldade para controlar a urina ou as evacuações.


Atenção redobrada após traumas


Se você ou alguém próximo apresentar esses sintomas após uma queda, acidente ou qualquer tipo de trauma, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. O tempo é um fator crucial na prevenção de sequelas permanentes.


Diagnóstico precoce faz a diferença


O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de reabilitação e recuperação funcional. Quanto mais cedo a lesão for identificada e tratada, maior a probabilidade de preservar as funções neurológicas e reduzir danos irreversíveis.

Exames de imagem, como a ressonância magnética, são fundamentais para avaliar o comprometimento da medula. Com base nisso, o neurocirurgião define a conduta adequada para cada caso.


Qual o papel do neurocirurgião em casos de lesão medular?


O neurocirurgião é o profissional habilitado para avaliar, intervir e acompanhar pacientes com lesão medular. Sua atuação é essencial desde o diagnóstico até o processo de reabilitação.


Funções do neurocirurgião no tratamento da lesão medular:


  1. Avaliação precisa – Analisa o tipo e o nível da lesão com base nos sintomas e exames.

  2. Definição do tratamento – Decide entre o manejo conservador ou a intervenção cirúrgica.

  3. Cirurgia especializada – Em casos indicados, realiza procedimentos para descompressão da medula ou estabilização da coluna.

  4. Acompanhamento contínuo – Monitora a recuperação e adapta o plano de tratamento conforme a evolução clínica.

  5. Atuação em equipe – Trabalha com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros profissionais da saúde na reabilitação funcional.

  6. Preservação da função neurológica – Busca evitar ou minimizar sequelas, sempre que possível.

  7. Importância do tempo – Reforça a urgência do diagnóstico e tratamento precoces para maximizar as chances de recuperação.


Reabilitação e qualidade de vida


Mesmo em casos mais severos de lesão medular — quando há perda significativa de movimentos e sensações —, a reabilitação desempenha um papel essencial na busca por qualidade de vida. Com o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros e médicos, é possível alcançar avanços importantes na função motora, na independência e no bem-estar emocional do paciente.


O principal objetivo desse processo é promover a adaptação à nova realidade, garantindo o máximo de autonomia possível, além de conforto e dignidade. Cada plano de reabilitação é personalizado, respeitando os limites e as potencialidades individuais, e pode incluir desde exercícios físicos para fortalecimento muscular e melhora da mobilidade até treinamentos para atividades do dia a dia, como se alimentar, se vestir e se locomover com segurança.


A fisioterapia é uma das bases dessa recuperação, atuando na preservação da musculatura, prevenção de complicações secundárias (como úlceras de pressão e contraturas) e estímulo da função neuromuscular residual. Já o suporte psicológico é fundamental para ajudar o paciente e seus familiares a lidarem com as mudanças emocionais e sociais decorrentes da lesão, fortalecendo a resiliência e o enfrentamento.


Além disso, o uso de tecnologias assistivas — como cadeiras de rodas adaptadas, órteses, dispositivos de controle por voz ou movimento ocular, e até equipamentos de estimulação elétrica — amplia a capacidade funcional e a interação com o ambiente, favorecendo a reintegração do paciente à vida cotidiana.


Todo esse processo deve ser cuidadosamente monitorado por um médico especialista, como o neurocirurgião, que acompanha a evolução clínica, avalia riscos e orienta sobre possíveis intervenções adicionais. A reabilitação, portanto, não é apenas sobre recuperar o que foi perdido, mas sobre transformar possibilidades e reconstruir uma nova maneira de viver.


Não ignore os sinais


Lesões medulares são sérias e demandam atenção especializada. O acompanhamento com um neurocirurgião de confiança é indispensável para garantir o melhor prognóstico possível. Se você ou alguém próximo apresentar sintomas após um trauma, não espere: procure ajuda médica.


O cuidado certo no momento certo faz toda a diferença na recuperação.


Contato com o Dr. Vitor Cesar Machado - Neurocirurgião:

(62) 98237-0012

(62) 99979-5829


 
 
 

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